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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

PT PARAENSE: LIDERANÇA REBATE ACUSAÇÃO DE QUE O TARDIO 1º ENCONTRO ESTADUAL - DEPOIS DA DERROTA - , FOI "ÁGUA COM AÇUCAR".


 Por Claudio Arroyo

Professor Arroyo

PT 31 anos, opção pela maturidade criativa                             contribuição ao aprofundamento do debate




O encontro estadual do PT no Pará, realizado neste 12 de fevereiro no Hotel Beira-Rio em Belém, decepcionou as forças políticas que, de dentro e de fora do partido, esperavam a consumação de uma batalha de acusações fratricidas que reduzisse o PT no Pará, mais uma vez, ao gueto de sua própria fraqueza e incompetência.

É verdade que blogueiros petistas ainda não entenderam que o PT perde na sociedade quando tentam retratar o encontro reduzindo o riquíssimo debate travado à algo como “água com açúcar”. Mas também vimos o Bacana assumir de vez sua face PMDB quando em um mesmo texto argumenta que o PT minimizou os problemas que o levaram à derrota em 2010 para em seguida dizer que todos os problemas foram levantados e que, na versão dele ou de sua fonte tendenciosa, se centrou nas falhas de pessoas específicas principalmente por não ter priorizado o PMDB na aliança e ainda apresentou uma lista de nomes que teriam sido levantados no encontro como possíveis candidatos à prefeitura de Belém.

Bem, eu estava lá. O debate foi duro mas respeitoso, tudo que colocaram nos documentos veio à tona, e sem tirar a culpa de ninguém também foi consenso que há erros que são recorrentes inclusive na gestão do próprio partido, assim como nas demais prefeituras petistas e que precisam ser corrigidos coletivamente.

Um debate que nenhum outro partido tem a coragem de fazer e, principalmente, torná-lo transparente para que a sociedade veja que somos apenas seres humanos. Erramos, aprendemos e corrigimos em um processo em que uns cobram dos outros de igual para igual, sem a hierarquia dos partidos que possuem donos e coronéis.
A resolução do encontro, que pode ser encontrada no site www.pt-para.org.br , surpreende pela maturidade de seus termos. Não por botar “panos quentes” nos erros que nos levaram à fragorosa derrota de 2010, mas por pontuá-los como desafios a superar sem comprometer as significativas conquista que o governo coordenado pelo PT deixou para a sociedade, com destaque para as políticas de ciência, tecnologia e inovação, que com a atração da siderúrgica de Marabá, de projetos como o do Biodiesel e da fábrica de chocolate, colocou em prática um modelo de desenvolvimento apoiado na agregação de valor aos produtos industrializados e no fortalecimento da economia local em torno de cada grande projeto que certamente renderá à população do estado novas oportunidades de emprego e renda e um novo padrão no posicionamento econômico do Pará no cenário nacional e internacional.

Mas as maiores surpresas do encontro ficaram por conta das autocríticas expressas por Ana Júlia e Paulo Rocha, tanto na dimensão dos equívocos na condução política do partido, do governo e da campanha o que, pela primeira vez, fez com que os erros nos unificassem em torno do desafio de superá-los, o que ainda colocará a todos e todas do partido em duras provas de competência e sabedoria política, em um processo que está apenas começando.

A resolução do encontro aponta como tarefas estratégicas a preparação política do partido para enfrentar as disputas de 2012 e 2014, mas trata dos problemas na dimensão estrutural, na perspectiva da realização do objetivo maior do PT que é a conquista democrática da livre opção da sociedade por valores e condutas coerentes com uma sociedade socialista.

Nos próximos dias, abordarei os temas que julgo serem os centrais para que o PT recrie-se a si mesmo no Pará, retomando o rumo que se mantém anunciado em seus documentos de fundação e em suas elaborações de conjuntura nacional recentes. Os temas serão os seguintes:
  • O PT, tendências internas e suas relações com a Sociedade, o Estado e os Governos
  • A relação entre a Técnica e a Política, o papel dos intelectuais
  • A questão da ética e o combate à corrupção como missão partidária
  • O desafio da democracia participativa e do Controle Social
  • O desafio da democracia econômica e a Economia Solidária
Temos, portanto, muito trabalho e um longo caminho pela frente. Mas um caminho que quem faz é a gente.



Anônimo 
 
Anônimo disse...
Foi um jogo de esquiva, para no final dividir o ônus da derrocada eleitoral, socializar o prejuízo, comungar dos erros do governo e do partido, como se a base tivesse responsabilidade dos equívocos, acordos e alianças espúrias (com DUDU/SEFER E ALMIR). Em nome de um projeto de poder esmagaram princípios, descontruíram conceitos para fazerem o que fizeram com a legenda, jogá-la na vala comum da política. Parabéns para a DS, a Ana Júlia e à direção majoriária do partido!
14 de fevereiro de 2011 12:24
Anônimo  
Anônimo disse...
Se afasataram das lutas sociais, jogaram fora as bandeiras históricas e se aliaram com os algozes do povo, que inclusive já mancharam as mãos de sangue assassinando trabalhador (BENGTSON E ALMIR) ou violentando crianças (SEFER). Esse é primeiro ponto. Segundo, a Ana e a DS conseguiram colocar o PT no Pará em condição igualdade com as demais legendas burguesas, deixou o PMDB fazer oposição sendo governo. Terceiro, foi um governo fraco e sem comando, onde cada tendência cuidou da sua vida. Quarto, teve pouca habilidade política para trazer a copa para Belém, uma cidade apaixonada por futebol; Quinto, fez coro com o projeto privatista de Duciomar, para depois voltar atrás, depois de vazar na imprensa. Sexto, para provar que "somos todos iguais", se não praticou, foi no mínimo, leniente com a corupção na SEMA.
14 de fevereiro de 2011 12:39

2 comentários:

  1. Foi um jogo de esquiva, para no final dividir o ônus da derrocada eleitoral, socializar o prejuízo, comungar dos erros do governo e do partido, como se a base tivesse responsabilidade dos equívocos, acordos e alianças espúrias (com DUDU/SEFER E ALMIR).
    Em nome de um projeto de poder esmagaram princípios, descontruíram conceitos para fazerem o que fizeram com a legenda, jogá-la na vala comum da política. Parabéns para a DS, a Ana Júlia e à direção majoriária do partido!

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  2. Se afasataram das lutas sociais, jogaram fora as bandeiras históricas e se aliaram com os algozes do povo, que inclusive já mancharam as mãos de sangue assassinando trabalhador (BENGTSON E ALMIR) ou violentando crianças (SEFER). Esse é primeiro ponto.
    Segundo, a Ana e a DS conseguiram colocar o PT no Pará em condição igualdade com as demais legendas burguesas, deixou o PMDB fazer oposição sendo governo.

    Terceiro, foi um governo fraco e sem comando, onde cada tendência cuidou da sua vida.
    Quarto, teve pouca habilidade política para trazer a copa para Belém, uma cidade apaixonada por futebol;
    Quinto, fez coro com o projeto privatista de Duciomar, para depois voltar atrás, depois de vazar na imprensa.
    Sexto, para provar que "somos todos iguais", se não praticou, foi no mínimo, leniente com a corupção na SEMA.

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