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sexta-feira, 15 de junho de 2012

UM SILÊNCIO ENSURDECEDOR




Cesare Battisti: até o Mino Carta quer o fígado dele

O Brasil já deu asilo a ex-ditadores e golpistas de direita, como os portugueses Marcelo Caetano e António Spínola e os generais paraguaios Alfredo Stroessner e Lino César Oviedo; e a esquerdistas como o ex-padre colombiano Olivério Medina, representante das Farc no Brasil; e a Cesare Battisti, ex-militante da esquerda armada italiana nos anos 1970. Mas a mídia só fez escândalo no caso deste último – até o Mino Carta saiu em defesa da posição do governo italiano. Por que raios? Às vezes há menos coisas entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia...

Abaixo, um texto do Paulo Moreira Leite – o único, até agora, a tratar do assunto:  

E a turma anti-Battisti vai protestar?

Confesso nunca foi um fanático pela causa do Cesare Battisti, aquele militante da extrema-esquerda italiana que foi condenado por terrorismo na Itália e, após muita polêmica, recebeu autorização para residir no Brasil. Minha opinião é que era possível encontrar argumentos contra e favor do asilo.
Mas o debate cansou pelo tom eleitoral-politizado. Agora, um senador boliviano chamado Rocha Pinto decidiu pedir asilo no Brasil. No momento, ele se encontra internado na Embaixada. O Itamaraty disse sim e só aguarda pelo salvo-conduto do governo Evo Morales para autorizar sua viagem ao Brasil.
Estranho que até agora a campanha anti-Battisti não tenha se manifestado. A folha corrida do senador, a se acreditar no que diz o governo boliviano, não é pequena. Inclui acusações de corrupção, assassinato, massacre de camponeses e vai por aí. Mesmo assim, aquela turma que chegou a tentar assustar os brasileiros diante de uma possível reação do Silvio Berlusconi, que seria capaz de interrromper a bunga-bunga de sempre para aplicar outro tipo de retaliação, permanece em silêncio.
Por que? Porque interessava usar Battisti para apontar, em Lula, uma suposta conivência com terroristas. Apenas isso. Considerando o passado de Dilma…
Eu acho que o governo brasileiro faz bem em dar asilo ao senador boliviano, por mais que isso desagrade a Evo Morales, vizinho e em certa medida, aliado.
É a tradição brasileira. O país já abrigou ditadores e até nazistas fugidos. Por que não iria dar asilo a um senador acusado de corrupção? O caso Rocha Pinto tem essa utilidade. Ajuda a mostrar que a decisão de manter Battisti no país foi acertada. Concorda?

2 comentários:

  1. A HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONTA E O QUE SÓ TIROU DIPLOMA POR PROCESSOS SAFADOS NUNCA SOUBE

    Quando custa uma universidade pública? Cerca de 15 bilhões. R$ 5 bi é com infraestrutura:tudo da aluno carente precisa (alojamento, comida livro e bolsa), residencial para docente e funcionários, biblioteca de qualidade,etc. Os outros R$ 10 bi é para ser aplicado na rede básica para produzir o que universidade prescinde para ter o mínimo de qualidade, e disso nem preciso dizer que a maior parte é para pagar salário docente.

    As nossas universidades públicas começaram com JK, o qual fundou 10. Quanto gastou por isso? PRATICAMENTE NADA. O que fez foi juntar alguns núcleos cursos isolados num pacote e se deu o nome de universidade. E na maioria dos casos, designou terreno conseguido por doação (coisa que até turma de construtora entrou alegremente) para ser o campus. Obviamente todos os terrenos ¨doados¨ exigiram gastos fabulosos só com fundações, como a história mostra. E enquanto não, continuariam funcionando nos mesmos prédios de sempre e em alguns casos em espaço cedido da rede pública. E tudo SEM GASTAR UM CENTAVO A MAIS COM REDE PÚBLICA DE ENSINO BÁSICO.

    Por que a classe docente superior deixou tudo isso acontecer sem um suspiro de protesto? Em tais criação de universidade tinha um presente maravilhosos para todos: os cargos administrativos seriam ocupados por esses ganhando extra. Porquanto, deixaria sala de aula, espaço lúgubre, mal cheiroso e cheio de aluno com as piores deficiências, sem perder um centavo e as benesses da carreira docente, mais extras com possibilidade de ir até ao infinito. Fora os ganhos políticos dos mais importantes.
    (Cont)

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  2. Veio a ditadura e precisa atuar nesse quadro por haver um inimigo feroz: estudante de nível superior. Era preciso levantar bilhões para fazer os campi universitários. E nem isso queriam, as construtoras com sempre estavam na jogada, mas que fosse cidade universitária: Tinha que ser coisa tão inóspita para pobre que mesmo que fosse só para ir uma aula para seguinte precisaria ter carro.
    A turma delfiniana entrou em campo para conseguir fábulas via empréstimos internacionais MEC/USAID. Como há certas coisas que provocam vergonhas mesmo em facínoras, precisar explicar como gastar bilhões com curso superior sem ensino básico, educação para o povo. Eis que entra em cena o MOBRAL. E ficou assim: dos bilhões vindo se gasta centavos com educação para o pouco e os demais com construtoras para fazer cidades universitárias.


    Construída essas cidades universitárias, uma enormidade de problemas surgiram e um era gritantes: como conseguir docente para tanto, havendo dois subtraendo: mais cargos administrativos e.. alguns indesejáveis que precisavam perseguir e demitir. A grosso modo resolveram isso delegando ao general que cuidada da universidade pública (toda essa tinha gabinete comando por gente do serviço de informação, sendo reitor apenas boneco de figuração) . Esse passou nomear como docente tudo quanto era escória social e com mais gosto quanto mais escória fosse (O CONCURSO ERA FAJUTICE, SALVO EXCEÇÕES, MAS ESSAS O GENERAL TENTAVA POR TODOS OS MEIOS EVITAR A NOMEAÇÃO ). Precisava até que o sujeito se fingisse de esquerda para fazer relato e denunciar ao general e não só, aluno, como todo e qualquer. Alguns aproveitaram, já que desejava que general nomeasse esposa/amante, parente, amigo, etc para vaga, para delatar docente. E alguns casos, para o sujeito tomar fugir, bastava esse colocar bilhetinho por baixo da porta do gabinete do docente, dizendo-se amigo anônimo e que estava sabendo que o general desconfiava que esse era comunista.

    Veio do tempo dito de redemocratização: a primeira providência foi tocarem fogo em todos os arquivos do general, alguns foram pelo fato do general cumprir o prometido, e com um prêmio: EFETIVAÇÃO DE TODOS SEM CONCURSO. E um dado: a quantidade de cargos administrativos estava estagnada. Para tanto, criaram a figura dos campi para o interior, na imensa maioria nada além de escola pública cedida pelos municípios. Esse precisava ter curso superior para diplomar docente que prestasse e tendo sem prestar, de onde viria aluno para fazer curso superior? Como o que interessa mesmo era o cargos administrativos, isso era questão para safado colocar.

    O governo Lula fez tal qual JK, com alguns adendos próprios e com algumas atualizações exigidas pelo tempo e nada mais.

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