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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PORTUGAL : ESQUERDA,VOLVER! - 'BLOCO DE ESQUERDA' É A NOVA TRINCHEIRA DE RESISTÊNCIA LUSITANA



Francisco Louça cumprimenta o parlamentar brasileiro Ivan Valente

Representando o Partido Socialismo e Liberdade, o deputado federal Ivan Valente, presidente nacional do PSOL, participou neste final de semana da VIII Convenção do Bloco de Esquerda, em Portugal. 

Francisco Louça, coordenadore do Bloco de Esquerda,fala para a militância
Formado por três organizações com trajetórias e origens distintas que se uniram para fazer frente à política de conciliação do Partido Socialista e aos limites ideológicos e organizativos do Partido Comunista Português, o Bloco de Esquerda é um partido que, com 13 anos de vida, se transformou na terceira força política de Portugal. O secretário de relações internacionais do PSOL, Afrânio Boppre, também participou do evento.

A convenção aconteceu em Lisboa às vésperas da visita da chanceler alemã Angela Merkel e de uma greve geral que atinge Portugal e vários países da Europa. O Bloco de Esquerda tem defendido que o governo rompa com as orientações da “Troika” (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e União Européia) contidas no memorando de cooperação assinado por Portugal, que tem imposto inúmeros sacrifícios aos trabalhadores, com cortes drásticos nas aposentadorias, demissões em massa, enxugamento da máquina e privatizações.

Entre os principais temas debatidos na Convenção do Bloco de Esquerda esteve a necessidade de formar um governo de esquerda contra a Troika. O partido tem convocado inclusive o PS português a compor um governo anti-austeridade. Segundo a nova co-coordenadora da Comissão Política do Bloco, Catarina Martins, a Troika é o “inimigo a vencer”.

Catarina Martins lembrou o tempo difícil que Portugal viveu em 2011, “quando já se sabia que a austeridade era o caminho da destruição”. “Bem sabemos que os únicos ajudados foram os donos dos bancos. E o resultado são mais 200 mil pessoas sem emprego, jovens, sem lugar no seu país. Mais ainda, a economia parada, uma dívida que não para de crescer”, afirmou na cerimônia de encerramento.

Na avaliação do Bloco de Esquerda, a política da austeridade tem aumentado ainda mais a recessão no país, o que levará a um “desastre social”. “Acima das nossas possibilidades são os juros que pagamos e que destroem o país”, afirmou João Semedo, outro co-coordenador do Bloco. Ele citou uma longa lista das privatizações e das medidas de destruição dos serviços públicos implementadas pelo governo.

O partido defende o investimento nos serviços públicos – que seguem sendo atacados pela direita – e propõe a criação de um fórum para discutir a escola e saúde públicas e seguridade social, apostando na mobilização das pessoas, na reconfiguração do espaço político, na recuperação da democracia e na construção de uma alternativa.
“Querem agora vender-nos a ideia de que temos que ser devedores honrados. Mas onde é que está a honra de colocar pessoas que vivem com 500 euros por mês a pagar a crise?”, questionou, acrescentando: “Honra é cortar o apoio aos acamados, é cortar nos apoios às crianças que têm que ir para a escola, é cortar nas reformas de quem pouco ou nada tem? Isso não é honra, é covardia”, disse Semedo.
“Num momento como esse, trocar experiências de enfrentamento à crise foi muito importante para o PSOL”, avaliou Ivan Valente. “Ninguém mais aguenta essa política de arrocho, de empobrecimento contínuo da população, enquanto se socorre os bancos. No fundo, é a mesma política em todo o mundo, em que o capital financeiro tem a hegemonia do processo e os governos seguem a mesma receita”, disse.
“O mesmo acontece no Brasil, onde continuamos reservando 45% do orçamento para pagar juros da dívida pública, como se fosse natural entregar 800 bilhões de reais aos banqueiros nacionais e internacionais e permitir a especulação financeira, enquanto se quebra a saúde, a educação, a moradia popular e o transporte coletivo de massa. É por isso que os povos de todo o mundo têm que se unir contra essa política hegemônica do capital financeiro”, afirmou Ivan Valente na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (14/11).
Também participaram da convenção do Bloco de Esquerda partidos de outros países, como o SWP (Inglaterra), Abertzale (País Basco), Parti de Gauche e Gauche Anticapitaliste (França), além do Siryza (Grécia) e a Izquierda Unida (Espanha).

FONTE: http://www.ivanvalente.com.br

Ana Drago quer eleições já


Para Drago, uma das tarefas do BE é construir uma alternativa política para um Governo de esquerda (Miguel Madeira)
A deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago (foto acima) defendeu este sábado o derrube imediato do Governo PSD/CDS com eleições antecipadas e considerou "importante" que o líder do PS, ao fim de 537 dias, aceite renegociar a dívida.

Ana Drago, conotada com a corrente da Política XXI, falava no período de debate das moções de estratégia da VIII Convenção do Bloco de Esquerda, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa.

"O que tem de sair daqui é a capacidade do Bloco, no espaço mais curto possível de tempo, derrotar o Governo, deitar abaixo o Governo. Nós queremos eleições, nada menos do que isso, queremos parar Passos Coelho e esta máquina de empobrecimento e de desmantelamento do país", afirmou, recebendo uma prolongada salva de palmas.

Ainda de acordo com a deputada, a segunda tarefa do Bloco de Esquerda é construir uma alternativa política para um Governo de esquerda em Portugal, período em que se referiu ao PS.

"Somos um partido que esteve em todas as convergências fundamentais para transformar a matriz política em Portugal. Ainda recentemente o Bloco articulou-se com o PCP para uma moção de censura ao Governo", referiu.

Depois, Ana Drago sustentou que o Bloco de Esquerda é a força política "que interpela o PS e, em particular, [o secretário-geral] António José Seguro".

"Há algo de importante nos últimos dias da política em Portugal. Depois de 537 dias da assinatura do memorando, António José Seguro anunciou que o PS quer negociar os juros da dívida externa. É importante. Temos pressa. O nosso realismo não aguenta mais 537 dias", advertiu a deputada do Bloco de Esquerda.


Militanciaviva!
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