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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Angela Merkel é reeleita, mas precisará se coligar com oposição para ter maioria


Resultado final colocou União, bloco do qual participa a chanceler, a quatro cadeiras da maioria absoluta.

A chanceler alemã Angela Merkel (CDU) foi reeleita neste domingo (22/09), de acordo com a apuração final das eleições para o parlamento alemão. No entanto, a União (bloco formado pela União Democrata-Cristã, a CDU, e pela União Social-Crista, a CSU) ficou a quatro assentos de conseguir maioria absoluta no Bundestag e terá que fazer uma coalizão para conseguir governar. Em qualquer hipótese, será com um dos dois partidos que fizeram oposição ao governo Merkel II - ou com o Partido Socialdemocrata da Alemanha (SPD), ou com os Verdes.
Segundo o resultado final, a União obteve 41,5% dos votos, contra 25,7% do SPD, 8,6% do "A Esquerda" (Die Linke) e 8,4% dos Verdes. O atual parceiro da chanceler, o Partido Democrático Liberal (FDP), registrou 4,8% e não superou a cláusula de barreira que estabelece um mínimo de 5% dos votos para representação no Parlamento.
Desta vez, serão preenchidos 630 assentos no Bundestag. A União fica com 311, a quatro da maioria absoluta; o SPD, com 192; A Esquerda, com 64; os Verdes, com 63. Uma coligação destes últimos três até seria possível. Porém, tanto o SPD, quanto o Die Linke, já afastaram a possibilidade.
Nas primeiras projeções, a União chegou a aparecer com duas cadeiras a mais que as necessárias para a maioria absoluta.
Merkel comemora resultado
"Foi um super resultado", afirmou Merkel a apoiadores durante o primeiro discurso logo após o fechamento das urnas e a divulgação das pesquisas iniciais."Faremos tudo o que pudermos nos próximos quatro anos juntos para torná-los anos de sucesso para a Alemanha."
Já o candidato do SPD, Peer Steinbrück, afirmou que "não iria especular" sobre formação de governo neste momento. "Ela [Merkel] é que precisa se preocupar com maioria", disse, sem, no entanto, descartar uma futura aliança.
Como é a eleição
Cada alemão tinha direito a dois votos neste domingo. No primeiro, votou-se no candidato do distrito a que o eleitor pertence (cada distrito compreende cerca de 250 mil eleitores). Esse primeiro voto preenche 299 cadeiras. Na segunda vez, a população vota em uma lista de candidatos indicada por cada partido. Na prática, o segundo voto serve para escolher quais agremiações serão representadas no parlamento. Com essas escolhas, são preenchidos outros 299 assentos.
Caso, no segundo voto, o partido tenha conseguido menos assentos que os obtidos no primeiro voto (o chamado "mandato direto"), a agremiação pode conseguir ainda mais cadeiras, em um total variável em cada eleição. Por isso, desta vez, foram preenchidas 630 vagas. Existe, também, uma cláusula de barreira: se o partido não atinge 5% do segundo voto ou não consegue vencer a eleição em pelo menos três distritos, não vai para o Bundestag.

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