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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Japão desrespeita leis internacionais e mata 4 baleias no Santuário Antártico

Estas imagens mostram a triste realidade de um navio baleeiro japonês.
    Osmairo Valverde

As imagens chocam porque as baleias foram capturadas dentro de um ambiente considerado um “santuário internacional”, onde centenas se reúnem anualmente.


O grupo anti-caça à baleia, Sea Shepherd, diz que avistou o NisshinMaru navegando pela área protegida do Santuário Antártico das Baleias durante a temporada anual de caça.

O drone da organização sobrevoou o navio e flagrou 3 baleias mortas na parte traseira. A Sea Shepherd disse que tinha visto a frota japonesa capturar ontem e existiam evidências de que quatro baleias tinham sido abatidas.

Os ativistas disseram que, ao total, 5 navios japoneses estavam na região. Eles uniram esforços para obrigar os navios a saírem da área: "Há três cadáveres no navio, a quarta carcaça foi cortada. 
 
Há sangue por todo o lado. Eles possuem uma fábrica dentro do navio onde pegam apenas a carne e jogam as miudezas e vísceras no oceano”, comentou Bob Brown, presidente da Sea Shepherd australiana. "Isso é apenas uma sangrenta cena horrível, medieval que não tem lugar no mundo moderno”, salientou.
Quando o Nisshin Maru foi detectado pela primeira vez a partir do ar, o Sr. Brown afirmou que o navio violou o direito internacional porque estava nas águas territoriais da Nova Zelândia.

A caça comercial de baleias está proibida no santuário, que foi designado pela Comissão Baleeira Internacional (CBI), em 1994, mas o Japão pega os animais lá sob uma brecha de fazer "pesquisa científica".

O Ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Murray McCully, negou que a caça às baleias estava ocorrendo dentro da jurisdição marítima de seu país, dizendo que o local era considerado águas internacionais.

"O governo da Nova Zelândia pediu repetidamente para o Japão para acabar com seu programa de caça às baleias. Reiteramos esta mensagem hoje", disse ele.

A Agência de Pesca do Japão disse que seu programa estava sendo conduzida "de acordo com um plano de pesquisa submetido à IWC”. "Não temos conhecimento da existência de um santuário baleeiro por isso não quero comentar sobre os seus argumentos", disse um porta-voz da agência.

O Ministério das Relações Exteriores japonês disse: "Não era uma violação ou um abuso de uma brecha na convenção internacional, muito pelo contrário, este é um direito legítimo nos termos do artigo VIII da Convenção Internacional para a Regulação da Atividade Baleeira", ele disse.

Dr. Brown descreveu "violência maciça" contra as baleias, usando arpões com pontas de granadas para pegá-las e afirmou que a Sea Shepherd faria "tudo o que puder para evitar pacificamente essa destruição grotesca e cruel”, também pedindo a Austrália e Nova Zelândia que comecem a agir. “Não há nada de científico sobre isso, é carnificina", disse Brown.

Austrália levou o Japão ao Tribunal Internacional de Justiça em busca de ter seu programa de caça às baleias com apelo de pesquisa declarado ilegal.

Peter Hammarstedt, capitão do navio da Sea Shepherd, disse que o Japão havia mostrado "desrespeito pelo direito internacional, continuando a sua caça de baleias de forma ilegal, enquanto o mundo aguarda pacientemente a decisão do Tribunal Internacional de Justiça”.
Fonte: Jornal da Ciência

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