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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O Templo Salomão reuniu gregos e troianos


O Templo Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus


CAPA/UOL


A inauguração do Templo Salomão, a nova sede da Igreja Universal do Reino de Deus, que ocorreu na noite de quinta-feira (31), em São Paulo foi marcada pela vista inédita do luxuoso espaço e pela presença de políticos e celebridades.
 
Na presença de Dilma Rousseff, Temer, Alckmin, o bispo diz que cura gays e lésbicas


Mas quem pensa que foi falado apenas de "amor ao próximo" se enganou. 
Durante o discurso do bispo Rogério Formigoni, a homossexualidade entrou em questão e ele afirmou que está acostumado a "curar lésbicas e homossexuais" em seu trabalho.

Na cerimônia, que contou tapete vermelho e a trilha do filme épico Os Dez Mandamenos (1956), estavam a presidenta Dilma Rousseff (PT) - que sentou ao lado de Edir Macedo, o fundador da Universal - o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT).

Em sua fala, o bispo garantiu que conseguiu largar o vício em drogas por meio da fé e que a Igreja é mais eficaz que qualquer outro tratamento médico. "Eu cheirava um quilo de cocaína, cem pedras de crack e via as paredes derretendo".

E depois engatou dizendo que conseguia curar qualquer tipo de vício e convidou pessoas "cheirando, fumando, homossexuais e lésbicas" para o tratamento. "Mais cedo ou mais tarde essa sua vontade vai sumir". 

+ Homem de 69 anos diz como foi viver após sessão de "cura gay"
Nenhum político ou personalidade quis falar com a imprensa durante a inauguração do megatemplo.

Vale lembrar que a homossexualidade não é considerada doença desde 1990, quando a Organização Mundial de Saúde retirou o grupo da lista internacional de doenças, logo não é passível de cura. Terapias que tentam a mudança da orientação sexual são comprovadamente prejudiciais à saúde da pessoa LGBT e proibidas. 

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