O MViva!, espaço aberto, independente, progressista e democrático, que pretende tornar-se um fórum permanente de ideias e discussões, onde assuntos relacionados a conjuntura política, arte, cultura, meio ambiente, ética e outros, sejam a expressão consciente de todos aqueles simpatizantes, militantes, estudantes e trabalhadores que acreditam e reconhecem-se coadjuvantes na construção de um mundo novo da vanguarda de um socialismo moderno e humanista.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Bis de Aécio na Lava Jato testará critério do seletísta Janot

Minas 247 – Numa de suas delações premiadas, feitas em 2014, o doleiro Alberto Youssef, afirmou que seu padrinho na política, o ex-deputado José Janene, do PP, dividiu uma diretoria em Furnas com o senador Aécio Neves. Por meio dessa diretoria, ocupada pelo tucano Dimas Toledo, pagou-se, durante o governo FHC, um mensalão a diversos deputados federais.
Na delação, Youssef afirmou que ia constantemente a Bauru (SP) receber recursos da ordem de US$ 100 mil mensais em nome de Janene – o dinheiro era pago por meio da Bauruense, uma fornecedora de Furnas. Ele afirmou ainda que Aécio seria beneficiário desse esquema. As afirmações foram feitas tanto na delação (leia aqui) como no Congresso (leia aqui).
Essa denúncia só veio a público quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu pediu o arquivamento da investigação relacionada a Aécio. Nela, Janot fez uma ressalva. Disse que o caso poderia ser reaberto se surgissem novas evidências relacionadas ao tucano.
Nesta quarta-feira, o nome de Aécio apareceu numa segunda delação. Desta vez, do maleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, que entregaria dinheiro em nome de Youssef. Rocha afirmou ter levado um pacote de R$ 300 mil para um diretor da empreiteira UTC no Rio de Janeiro, chamado de "Miranda", que teria como destinatário final o senador tucano.
Chico e Francisco
Diante da nova acusação, que Aécio diz ser "fantasiosa", o procurador Janot será pressionado por parlamentares governistas a reabrir o caso sobre o tucano. Até porque ele próprio sinalizou que seu lema, no comando do Ministério Público seria "pau que bate em Chico também bate em Francisco".
Um caminho óbvio e natural de investigação foi indicado pelo jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço. "Miranda, que é apontado pelo próprio Ministério Público como o responsável pelos “acertos” de propina com o PMDB na obra de Angra 3, seria, por óbvio, o próximo passo de qualquer investigação séria. Mas Miranda, ao que se saiba, não foi preso nem deixado mofar na cadeia até que entregasse os chamados 'agentes políticos', é claro", diz ele (leia aqui).
Ontem, em seu Facebook, Aécio postou a seguinte mensagem: “O que vai nos tirar dessa crise é a solidez das nossas instituições. O PSDB está ao lado da Justiça brasileira, do Ministério Público, da Polícia Federal e do Congresso Nacional, na defesa da democracia e do retorno da ética como instrumento de ação política”.
A bola, agora, está com Janot.

DO PÓ ELE VEIO, ÁO O PÓ RETORNARÁ: EU ACUSO AÉCIO


O bandidão que queria ser presidente do Brasil
Eu acuso Aécio.
POR PAULO NOGUEIRA

Um homem que:

  • Constroi um aeroporto privado com dinheiro público;
  • Coloca recursos do contribuinte mineiro, como governador, em rádios da própria família;
  • Não se envergonha de, sendo político, ter rádios, num brutal conflito de interesses;
  • Faz uso pessoal do avião do Estado de Minas, como se houvesse vôo gratuito;
  • Nomeia fartamente parentes e amigos para a administração pública e depois ousa falar em meritocracia;
  • É capaz de apoiar Eduardo Cunha, em nome do impeachment, mesmo depois de conhecidas as avassaladoras provas contra ele fornecidas pelos suíços;
  • Jamais teve a hombridade de aceitar a derrota nas urnas e, por isso, se pôs a conspirar contra a democracia desde que saíram os resultados como um golpista psicótico;
  • Dá como comprovadas quaisquer acusações contra seus adversários, por mais frágeis que sejam;
  • Tem a ousadia de recusar um teste de bafômetro como se estivesse acima da lei que rege os demais brasileiros;
  • Recebe dinheiro dos contribuintes para atuar como senador e não devolve com um único projeto aprovado;
  • Aceita uma boca livre em Nova York de um banqueiro como André Esteves;
  • Não poupa esforço pelo financiamento privado de campanhas mesmo quando é sabido que esta é a origem maior da corrupção e que foi daí que surgiram ganguesteres como Eduardo Cunha;

Tudo isto posto, e a lista poderia seguir muito adiante, por que este homem não poderia fazer pressão para receber dinheiro de propina segundo delação homologada no SFT noticiada hoje pela Folha? 
Fonte: Bastidores

AS 20 FURADAS ÉPICAS DA IMPRENSA GOLPISTA BRASILEIRA EM 2015 QUE VIRARAM PIADAS NA MÍDIA INTERNACIONAL


Crise política, abertura de impeachment, pauta reacionária de Eduardo Cunha no Congresso,  retração do PIB, voos de Aécio Neves com celebridades e figurões da imprensa, corrupção na  Sabesp, Lava Jato, assunto não faltou em 2015. Mesmo assim, o jornalismo conseguiu furos  que se provaram enormes furadas, além de teses catastróficas que não se provaram  verdadeiras. No dever de informar, a mídia brasileira dominou a arte de prever  acontecimentos sem embasamento, prestando um desserviço aos seus leitores. Selecionamos as  maiores furadas e profecias erradas publicadas neste ano.

1. As capas da Veja tentando colocar Lula na cadeia
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A Veja se consagrou em 2015 como a pior revista semanal e fez isso batendo à beça em Lula. A capa de 29 de julho tentou enquadrar o ex-presidente com base na delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, quedesmentiu as informações após a publicação da edição. No dia 4 de novembro, conseguiu colocar Lula num uniforme de presidiário. Lula não foi preso e entrou na Justiça.


2. O furo de Lauro Jardim sobre o filho de Lula no Globo – que era uma furada
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Ex-titular da coluna Radar da revista Veja, Lauro Jardim saiu do seu cargo de editor-executivo na editora Abril para assumir uma coluna no jornal O Globo. No primeiro texto, em 11 de outubro, Lauro já estampou a manchete sobre a operação Lava Jato: “Baiano diz que pagou contas do filho de Lula”. O operador desmentiu o colunista, falando que passou dinheiro para o pecuarista José Carlos Bumlai. O Globo só admitiu a mentira em 8 de novembro, pedindo desculpas a Lula e Fabio Luis Lula da Silva.

3. Outra furada de Lauro sobre a suposta viagem de Eduardo Cunha a Cuba
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Nem depois do Natal Lauro Jardim deixou de publicar uma barrigada no Globo. Ele divulgou no dia 26 de dezembro que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tinha embarcado para Cuba para passar o ano novo. O texto trazia uma foto compartilhada pela enteada de Cunha no Instagram com uma bunda original e um dedo em riste do perfil de Kendall Jenner, irmã da socialite Kim Kardashian. Cunha desmentiu a coluna na sua conta do Twitter, afirmando que estava no Rio de Janeiro. Ele ainda teve tempo de chamar Lauro de “colunista pilantra” e disse que a Globo é petista. O jornalista, que já tinha passado pela informação furada do filho de Lula, só publicou uma atualização no texto de Cunha em Cuba, sem dar a errata real.
 
4. As capas de todas as revistas semanais, exceto Carta Capital, prevendo o impeachment
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Precisa comentar? Não é necessário, basta olhar três capas. A maioria foi publicada entre outubro e novembro de 2015. As revistas brasileiras se uniram para apostar no afastamento e erraram todas.
 
5. As reportagens mostrando Eduardo Cunha como “homem forte” contra Dilma
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Mal sabiam os jornalistas envolvidos nestas reportagens que Eduardo Cunha receberia acusações graves de recebimento de propina na operação Lava Jato vindas da Suíça. A capa da Veja, publicada em 25 de março, não traz uma linha de qualquer acusação que Cunha recebeu ao longo de sua trajetória política como lobista e ainda tece elogios por sua atuação nos bastidores. Naquele mesmo período, Joice Hasselmann, a apresentadora da TVeja que plagiou mais de 60 textos, fez uma entrevista igualmente bajulatória. Já a revista Época, em 17 de outubro, tentou dar poder ao presidente da Câmara perto do período em que ele abriria o processo de impeachment. Cunha terminou 2015 como um morto vivo.

6. A quantidade de vezes em que Diogo Mainardi e Mario Sabino profetizaram a prisão de Lula
Criado o blog Antagonista no final de 2014, Diogo e Mario dedicaram-se diariamente a fazer torcida contra Lula, Dilma e o PT. Perdeu-se a conta da quantidade de vezes em que eles profetizaram a prisão do ex-presidente, a delação premiada de Delcídio — fora a quantidade enorme de artigos com informações erradas sobre pedaladas fiscais, entre outras barbaridades. E eles prometem continuar com tudo em 2016.
 
7. A tese furada de Carlos Alberto Sardenberg sobre a crise da Grécia
Para o comentarista da CBN e do Jornal da Globo, Lula e Dilma foram os responsáveis por convencer o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, a adotar o programa antiausteridade em 2015. A maluquice foi comentada no dia 2 de julho na rádio CBN. Lula utilizou seu Facebook para responder ao jornalista econômico.

8. A República que Marcelo Odebrecht não derrubou
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Reportagem de capa de 20 de junho da revista Época estampou a prisão do empresário Marcelo Odebrecht, com uma reportagem que dava como certa uma delação premiada do empreiteiro que “implodiria” a república brasileira como conhecemos. Tudo cascata. O redator-chefe Diego Escosteguy alardeou no Twitter sobre o conteúdo “bombástico” do texto. A república não caiu, mas a Época continua indo para o buraco.

9. As capas querendo colocar Michel Temer no lugar de Dilma
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Michel Temer se tornou queridinho da grande imprensa, como Eduardo Cunha foi enquanto era conveniente. A Veja apostou que ele e seu partido já teriam um plano para a sucessão, enquanto o PMDB se perde em uma disputa interna. Mas quem namorou de verdade Temer em 2015 foi a revista ISTOÉ, concedendo-lhe pelo menos quatro capas no ano. O ápice foi em 23 de dezembro, quando o veículo da editora Três deu o prêmio de “Brasileiro do Ano” para o “vice decorativo” de Dilma. Ele terminou o ano como autor de cartas medíocres.
 
10. A torcida pelo fim da crise da Sabesp
Os jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo noticiam com certo otimismo a elevação do nível do sistema Cantareira para perto de 29%, o que significaria a saída do volume morto após dois anos de crise hídrica. No entanto, o que a grande imprensa omite é que foram gastos quase R$ 30 milhões para transferir água do Rio Guaió, e de outras fontes, pela Sabesp e que isso não impediu que as reservas do Alto Tietê caíssem pra cerca de 20%. O Ministério Público abriu processo contra o DAEE, a Sabesp e o governo Geraldo Alckmin por improbidade administrativa no dia 14 de dezembro. A crise hídrica não acabou e a torcida da mídia omite acusações graves de corrupção e de formação de cartel entre as empresas terceirizadas, conforme apurou opróprio DCM em sua série de reportagens sobre o tema.

11. A tentativa de transformar a ida de Aécio, Caiado e outros até a Venezuela num fato importante
Aécio Neves, Aloysio Nunes e Ronaldo Caiado bem que tentaram, com amplo espaço na grande imprensa, visitar os “presos políticos” na Venezuela, mas foram barrados por um protesto de chavistas. Disseram que foram “sitiados”, deram meia volta e não ficaram em Caracas para ver o que aconteceria. Caiado jura que filmou no seu celular um manifestante querendo quebrar o ônibus em que estavam. Ninguém nunca viu  tal gravação.
 
12. A tentativa de transformar o fechamento de 94 escolas em “reorganização”
O governo Alckmin teve espaço nos telejornais, nas revistas e nos jornais para defender seu projeto de “reorganização” de escolas estaduais. No entanto, isso não impediu que um áudio de uma reunião entre 40 dirigentes de educação vazasse para o site Jornalistas Livres, com uma verdadeira declaração de guerra contra estudantes que começaram a ocupar as 94 escolas. Mobilizados, os alunos entraram em mais de 200 escolas e derrotaram a iniciativa do governo.
Foi mais uma tentativa da mídia de dar voz a Alckmin que não deu muito certo.

13. O acidente no Minhocão que virou culpa da ciclovia
A imprensa noticiou em peso que o zelador Florisvaldo Carvalho Rocha, de 78 anos, teria morrido na ciclovia sob o Minhocão em agosto deste ano. O problema é que uma perícia da Polícia Civil provou que o ciclista que o matou passou no corredor de ônibus, e não na faixa vermelha desenhada pelo petralha Fernando Haddad. Foi mais uma tentativa mal-sucedida de tentar culpar o prefeito em cima de uma informação incorreta.
Os antipetistas ainda  juramde pé junto que o zelador morreu na ciclovia, infelizmente.

14. A falácia do processo do Bill Gates contra a Petrobras
Em tempos de Lava Jato, uma notícia de que a Fundação Bill & Melinda Gates estaria processando a Petrobras seria uma bomba, certo? A imprensa internacional e a brasileira caíram neste factoide em 25 de setembro, que foi desmentido pelo próprio fundador da Microsoft. Bill Gates foi visitar Dilma Rousseff em uma viagem até Nova York para pedir desculpas pelo erro de informação.
Quem estava processando a Petrobras era um investidor externo de sua empresa, por perdas em ações depois das operações da Polícia Federal. Poucos veículos brasileiros deram destaque ao desmentido de Gates.
 
15. A mentira de que a “Paulista fechada atrairia o caos”
O prefeito Fernando Haddad decidiu em 2015 abrir a Avenida Paulista para os pedestres e fechar para carros aos domingos, uma medida revolucionária que incentiva um contato mais humano com a cidade. O Instituto Datafolha em novembro indicou que pelo menos 47% dos paulistanos aprovam a medida, contra 43%. Mesmo com protestos dos blogueiros da revista Veja e do senador tucano José Serra, a Paulista aberta segue como um sucesso.
 
16. O sucesso das ciclovias em São Paulo, contrariando setores da imprensa
A mídia brasileira bem que tentou, mas não conseguiu conter a aprovação de 56% dos paulistanos a respeito das ciclovias segundo o Datafolha neste final de ano. Mesmo com o blogueiro Reinaldo Azevedo chamando os usuários de “talibikers” ou de “fascistas sobre duas rodas” e profetizando o caos, parece que a galera está gostando de pedalar e está usando menos o carro na maior metrópole brasileira.

17. Redução das Marginais em São Paulo que evitou mortes, não provocou catástrofes
Haddad deve causar dor de cabeça nos seus críticos. O prefeito reduziu as velocidades máximas das pistas expressas nas Marginais Pinheiros e Tietê de 90 km/h para 70 km/h em julho de 2015. No mês de setembro, a medida reduziu em 36% os acidentes com vítimas de acordo com a CET. Isso deve ter deixado os comentaristas da Jovem Pan com os cabelos em pé.
 
18. A cobertura convocatória dos protestos coxinhas que não evitou seu esvaziamento
A GloboNews cobriu em tempo real as manifestações pró-impeachment em São Paulo e em Brasília com os bonecos inflados de Lula e Dilma, com adesão de todos os veículos da grande imprensa. Mesmo com todos os holofotes, os protestos de 13 de dezembro só reuniram 30 mil pessoas na Avenida Paulista, com direito a olavetes e manifestantes pró-ditadura militar dividindo caminhões de som com o mítico líder do MBL, Kim Kataguiri. O número de manifestantes foi muito inferior aos 210 mil do dia 15 de março. As estatísticas são do DataFolha e a campanha da mídia, pelo visto, não funcionou.
 
19. Uma década depois do mensalão do PT, o mensalão mineiro teve a primeira condenação
Embora seja ainda em primeira instância, o ex-governador tucano Eduardo Azeredo foi condenado a 10 anos de prisão pelos crimes praticados no chamado mensalão mineiro, esquema de caixa dois que envolveu o publicitário Marcos Valério em 1998. A mídia não profetizou nada a respeito deste processo de Azeredo e só deu capa para os 10 anos do mensalão que culminou na prisão de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Para a grande imprensa, o caso dos tucanos é “menor”, o que é mais uma furada de 2015.
 
20.  A profecia furada da separação entre Dilma e Lula
Para Lauro Jardim, o mesmo repórter da furada sobre o filho de Lula, o ex-presidente estaria longe de Dilma desde março de 2015, quando ele ainda trabalhava na Veja. Ricardo Noblat sentenciou em setembro no Globo que Lula “desembarcou do governo”. De onde eles tiraram tais informações eu não faço ideia, mas no dia 4 de dezembro o ex-presidente disse em sua fanpage de Facebook que “Dilma fica”, contra o processo de impeachment aberto por Eduardo Cunha.
Se isso for indício de separação, me parece um divórcio muito adocicado. Diogo Mainardi, aquele que faz torcida em seu Antagonista, acha que Dilma Rousseff quis provocar Lula ao transformar Leonel Brizola em herói nacional neste final de ano. Acredita nisso quem realmente quiser acreditar.

Planilha de vôos do governo Aécio em Minas é adulterada: sumiram os “passageiros”


Ele... El Grão Trapácio

por : Kiko Nogueira

O Gabinete Militar de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o desaparecimento de dados das
planilhas dos vôos do governo Aécio Neves, entre 2003 e 2010, informa um membro do Ministério 
Público de MG.
O caso acontece na mesma semana da denúncia do entregador de dinheiro do doleiro Alberto 
Youssef, o qual, em delação premiada, afirmou que levou R$ 300 mil a um diretor da UTC em 2013. 
Esse diretor lhe disse que o montante ia para Aécio Neves.
As viagens foram tema de uma série de reportagens no DCM. As quatro aeronaves de Minas — dois 
jatos, um Citation e um Learjet, um helicóptero Dauphin e um turboélice King Air — foram 
utilizadas mais de 1400 vezes naquele período.
Em 198 ocasiões, Aécio não estava presente. Um decreto de 2005, assinado por ele, determina que o 
uso do equipamento destina-se “ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, 
ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando 
integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”. Tudo “para desempenho de atividades próprias 
dos serviços públicos.”
Sem a presença de Aécio, os aviões e o héliceptero serviram para transportar, entre outros, Luciano 
Huck, FHC, José Wilker, Milton Gonçalves, Boni, Roberto Civita, Ricardo Teixeira, a irmã Andrea 
Neves, o primo Quedo e outros parentes e amigos.
José Serra e Geraldo Alckmin também passearam. Há na relação “Roberto Marinho”, que andou na 
companhia de Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB. A advogada de Roberto Irineu Marinho, um 
dos donos da Globo, afirmou ao DCM que não se trata dele.
A lista foi obtida através da Lei de Acesso à Informação. Em seu primeiro formato, ela fornecia 
detalhes como ano, data, solicitante, passageiros, origem, destino e custo. Veja abaixo:

Acima, vê-se que Roberto Civita, dono da Abril morto em 2013, foi a Brumadinho com a mulher. 
Tudo às custas do contribuinte das Gerais. Ali fica localizado o museu de Inhotim.
Segundo a assessoria de Aécio, o empréstimo do Dauphin “atendeu o objetivo de divulgar o Museu 
de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país”. A 
“prova” é uma matéria laudatória na Veja. Então tá.
Na nova “formatação” das fichas, sumiram dados como a aeronave usada e quem estava a bordo. 
Ficaram apenas o “solicitante” (sempre o governador) e o destino.

Ao DCM, a assessoria de imprensa do governo de MG contou que também está apurando o que pode 
ter acontecido com os relatórios originais.

Dilma inclui Leonel Brizola no Livro dos Heróis da Pátria




Da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff sancionou lei aprovada pelo Senado que inclui o político gaúcho 
Leonel Brizola no Livro dos Heróis da Pátria, que homenageia brasileiros que se destacaram na 
defesa e construção da história nacional. A lei foi publicada hoje (29) no Diário Oficial.
O livro, com páginas de aço, fica exposto no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em 
Brasília.
Fundador do PDT, Leonel de Moura Brizola nasceu em 1922, em Carazinho, no Rio Grande do Sul, 
e morreu no Rio de Janeiro, em 2004. Foi o único político brasileiro a governar dois estados 
diferentes: o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro. Também foi prefeito de Porto Alegre, deputado 
estadual e deputado federal.
Brizola, teve participação expressiva na luta contra a ditadura militar e, após o golpe de 1964, viveu 
no exílio no Uruguai, Estados Unidos e Portugal até voltar ao Brasil com a Lei da Anistia. Foi 
candidato à Presidência da República por duas vezes e candidato à vice na chapa de Luiz Inácio Lula 
da Silva na eleição de 1998, quando foram derrotados por Fernando Henrique Cardoso.
O nome do político gaúcho vai aparecer no livro ao lado de nomes como Tiradentes, Zumbi dos 
Palmares, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Alberto Santos Dumont, Chico Mendes, Getúlio Vargas, 
Heitor Villa Lobos e Anita Garibaldi, entre outros.
PrazoA lei sancionada por Dilma também altera o tempo necessário para que uma personalidade possa ser 
homenageada no Livro dos Heróis da Pátria após sua morte, de 50 para dez anos. “A distinção será 
prestada mediante a edição de lei, decorridos 10 (dez) anos da morte ou da presunção de morte do 
homenageado”, diz a nova redação.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Ratazanas da revista golpista "Veja" defendem que Dilma caia com ou sem provas


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Embora não exista fato jurídico ou crime de responsabilidade cometido pela presidente Dilma Rousseff, a revista Veja, como seria de se esperar, abraça com entusiasmo a causa do impeachment, em seu especial de 24 páginas. 
No editorial "A beleza do impeachment", a revista dos Civita chega a sugerir uma destituição sem provas, ou seja, um golpe; "Embora tenha sua origem na acusação de crime de responsabilidade contra um presidente, o impeachment é essencialmente um processo político. Seus rumos e seu desfecho não são determinados pela força ou fraqueza das evidências de autoria do crime imputado ao presidente, mas pelo somatório de forças contra e a favor de sua destiuição. A presidente manterá seu cargo enquanto contar com uma base forte de sustentação no Congresso", diz o texto de Veja, que também elogia a agenda econômica de Michel Temer

Patota do Cocaman agora esta macumunada com o chantagista para paralisar o Brasil: Silvio Costa diz que 'Cunha era o marginal que virou santo?'

Por Paulo Emílio, do Pernambuco 247 - O vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PSC-PE), disse que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alcançou o "ápice da chantagem" ao acatar o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi "porque ele precisava desesperadamente dos três votos do PT no Conselho de Ética para não ser cassado. Pelas contas dele, ele tinha nove votos. Mas precisava de 11. Como o PT anunciou que não votaria a seu favor, ele se desesperou", detalhou o parlamentar, em entrevista concedida ao 247 nesta sexta-feira 4.

Para Silvio Costa, o pedido de impeachment "não pode ser levado a sério". O deputado lembra que os pedidos que Cunha possuía em mãos - ele já havia rejeitado 27 - chegaram na Câmara em março e abril. "O presidente da Câmara passou todo o ano de 2015 chantageando o governo. Se esses pedidos tivessem realmente algum embasamento jurídico, ele já teria iniciado este processo lá atrás. Ele chegou ao ápice de chantagem quando viu que precisava desesperadamente dos três votos do PT no Conselho de Ética para não ser cassado e percebeu que não tinha. Agora, por raivinha, mesquinharia, resolveu tomar esta atitude", disparou.
O deputado afirma não haver razões legais e nem jurídicas para o impedimento. "O que lamento é que um homem como Hélio Bicudo (jurista, do pedido de impeachment aceito por Cunha), que lutou pela democracia contra a ditadura militar, se veja agora movido pelo ódio e pelo rancor, buscando 'cabelo de anjo jurídico' com esta história de pedalada fiscal. Ele sabe que a presidente Dilma é uma mulher honrada e não cometeu nenhum ilícito. Ele também sabe que quem começou com esta história de pedalada fiscal foi o FHC. A maior falta de embasamento jurídico está no engavetamento do processo desde o começo do ano", protestou.
O vice-líder da base governista também condenou a reaproximação dos partidos de oposição com o presidente da Câmara logo após o deputado anunciar que iria acatar o pedido de afastamento da presidente Dilma. "Tem 15 dias que a oposição deixou o plenário da Câmara esculhambando com o Cunha. Chamaram ele até de marginal. Agora reataram a relação com este desqualificado para destruir o país. Isso é brincar de pedir impeachment", criticou.
Para ele, a oposição, liderada pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), será derrotada na batalha em plenário. "A oposição sabe que jamais terá os 342 votos necessários, terá no máximo 130. Agora, de todo jeito isso fica ruim para o investidor em razão da insegurança criada por esta situação que não passa de uma orquestração de quem é favorável ao impeachment. Esse lacerdismo da oposição não vai chegar a lugar algum. Carlos Lacerda pelo menos tinha talento, algo que até isso faz falta a este pessoal", disse.
Silvio também criticou as declarações feitas nesta sexta-feira pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no sentido de que a alta da Bolsa e a queda do dólar nos dias seguintes após o anúncio da abertura do processo de impeachment é uma sinalização de que o mercado financeiro quer o afastamento de Dilma. "FHC está rasgando a sua história. É justamente o contrário. O mercado percebeu que o impeachment é fruto de chantagem e que agora isso chegou ao fim. O mercado percebeu que o governo tem força, tem voto, contra isso tudo", afirmou.

'UM ETICAMENTE DESQUALIFICADO MANDA A JULGAMENTO UMA MULHER ÍNTEGRA E ÉTICA'






Por Leonardo Boff 
O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é acusado de graves atosdelituosos: de beneficiário do Lava-Jato, de contas não declaradas na Suiça, de mentiras deslavadas como a última numa entrevista coletiva ao declarar que o Deputado André Moura fora levado pelo Chefe da Casa Civil Jacques Wagner a falar com a Presidenta Dilma Rousseff para barganhar a aprovação da CPMF emtroca de rejeição da admissibilidade de um processo contra ele no Conselho de Ética. Repetidamente afirmou que a Presidenta em seu pronunciamento mentiu à nação ao afirmar que jamais se submeteria à alguma barganha política.
Quem mentiu não foi a Presidenta, mas o deputado Eduardo Cunha. Seu incondicional aliado, o deputado André Moura, não esteve barganhando com a Presidenta Dilma, como o testemunhou o ministro Jacques Wagner. Vale enfatizar: quem mentiu ao público brasileiro foi Euclides Cunha. Imitando Fernando Pessoa diria: Ele,mentiroso, mente tão perfeitamente que não parece mentira as mentiras que repete sempre.
É mentira que seu julgamento foi estritamente técnico. Pode ser técnico em seu texto, mas é mentiroso em seu contexto. O técnico nunca existe isolado, sem estar ligado a um tempo e a um interesse. É o que nos ensinam os filósofos críticos. Ele deslanchou o processo de impeachment contra a Presidenta exatamente no momento em que, apesar de todas as pressões e chantagens sobre o Conselho de Ética,soube que na votação perderia pois os três representantes do PT acolheriam a aceitação de um processo contra ele, o que poderia, depois, significar a sua condenação.
O que fez, foi um ato de vindita reles de quem perdeu a noção da gravidade e das consequências de seu ato rancoroso.
É vergonhoso que a Câmara seja presidida por uma pessoa sem qualquer vinculação com a verdade e com o que é reto e decente. Manipula, pressiona deputados, cria obstáculos para o Conselho de Ética. Mais vergonhoso ainda é ele, cinicamente, presidir uma sessão na qual se decide a aceitação do impedimento de uma pessoa corretíssima e irreprochável como é a Presidenta Dilma Rousseff.
Se Kant ensinava que a boa vontade é o único valor sem nenhum defeito, porque se tivesse um defeito, a boa vontade não seria boa, então Eduardo Cunha encarna o contrário, a má vontade, como o pior dos vícios, porque contamina todos os demais atos, arquitetados para tirar vantagens pessoais ou prejudicar os outros.
Seu ato irresponsável pode lançar a nação em um grave retrocesso, abalando a jovem democracia, que, com vítimas e sangue, foi duramente conquistada. Não podemos aceitar que um delinquente político, destituído de sentido democrático e deapreço ao povo brasileiro, nos imponha mais este sacrifício.

Faço um apelo explícito ao Procurador Geral da República, o Dr. Rodrigo Janot e a todo o Supremo Tribunal Federal:  pesem, sotopesem e considerem as muitas acusações pendentes contra Eduardo Cunha nas áreas da Justiça. Estimo que há suficientes razões para afastá-lo da Presidência da Câmara e que venha a  responder judicialmente por seus atos.
A missão desta mais  alta instância da  República, assim estimo, não se restringe à salvaguarda da constituição e à correta interpretação de seus artigos, mas junto a isso, zelar pela moralidade pública, quando esta, gravemente ferida, pode constituir uma ameaça à ordem democrática e, eventualmente, levar o país a um golpe contra a democracia.

Mais que outros cidadãos, são suas excelências, os principais cuidadores da sanidade da política e da salvaguarda da ordem democrática num Estado de direito, sem a qual mergulharíamos num caos com consequências políticas imprevisíveis.  O Brasil clama pela atuação corajosa e decidida de vossas excelências, como ultimamente, tem demostrando exemplarmente.
Leonardo Boff, ex-professor de ética da UERJ